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Millennium Bridge: Londres, Inglaterra (1996-2002): Colaboração entre os arquitetos da Norman Foster and Partners, o escultor Anthony Caro, e os engenheiros da Ove Arup and Partners. É a mais nova ponte de pedestres em Londres desde 1894, ligando a City e a Catedral de St Paul ao norte do the Globe Theatre (recém reconstruído) e da Tate Modern (na outra margem do Tâmisa).
Sobre um deque em alumínio, uma balaustrada em aço inox e uma tela protegem os pedestres dos ventos. O conceito estrutural é simples, apesar do vão de 320m. Trata-se de uma ponte suspensa, sobre apenas 2 suportes em Y, onde se apoiam 8 cabos, 4 de cada lado da passarela de 4m de largura. Braços transversais em aço (postes inclinados) "enrijecem" os cabos a intervalos de 8m e suportam o deque. A diferença, em termos estruturais, é que estes cabos estão a apenas 2,3 m do deque, uma distância 10 vezes menor do que a que seria considerada normal em pontes suspensas. Isto não só permitiu aos pedestres uma melhor visualização de Londres, como produziu o resultado visual de uma fina fita brilhante (por causa do alumínio e do aço durante o dia; e das luzes, durante a noite).
Desenvolvida através de simulações computadorizadas e testes de estabilidade em túnel de vento, porém, a ponte apresentou excessivas movimentações do deque. Descobriu-se que esta movimentação se devia ao sincronismo dos passos da multidão de usuários, fato desconsiderado nos cálculos de projeto, mas que causava mal estar aos pedestres. A ponte teve que ser fechada brevemente, para a instalação de amortecedores entre o deque e os pilares inclinados.