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Nos últimos dias se discutiu o famoso partido "caixa de sapato", comparando o projeto da academia de balé do Gould Evans Associates (post abaixo) com um projeto de academia no blog do pessoal de sanca (
http://architecture.blogger.com.br/). É interessante comparar paralelepípedos bem feitos com o excesso de "gehry gehry" em fachadas revolucionárias, como nos recentes projetos de Eric Owen Moss para o New Mariinsky Theater em São Petersburgo na Rússia (imagens a seguir) e no Complexo Warner em Culver City na California, EUA (terceira imagem), assim como no projeto do Frank Gehry para o Disney Concert Hall (alguns posts abaixo) para o Museu Guggenheim de Bilbao.
Um paralelepípedo cansa e é meio bobo como geometria, mas tem lá seu charme, como nos projetos do holandês Claus En Kaan, o maior caixoteiro do mundo (imagens a seguir). Não vale comparar com a infinidade de "caixas de sapato" que sempre se vê nos departamentos de aprovação de projetos de qualquer cidade brasileira, até porque depois de construídos eles ficam muito piores do que nos projetos aprovados.
O problema parece não estar no partido, muito menos nos paralelepípedos, mas sim na conceituação dos projetos, cuja coerência deve ir até os menores detalhes. Independentemente das necessárias considerações sobre custos e tecnologia implícitas em qualquer projeto. Uma "caixa de sapato" pode ficar genial, e obras cheias de parabolóides ultra-revolucionários podem ficar bobas. O projeto do Blue Moon Hotel em Groningen (Norte da Holanda), abaixo, parece deixar claro que o paralelepípedo pode ser bastante interessante, dependendo do contexto e da conceituação, que neste caso é mérito da dupla Alejandro Zaera-Polo e Farshid Moussavi (casal espanhol-iraniano).